13 de set. de 2011

Poema

Ana Cristina César I

“Hoje sou eu que estou te livrando da verdade”



Hoje sou eu que
acordou abalado
por alguns terremotos.

Dos pés a garganta
trago-me exausto
pequeno e trêmulo.

As flores feneceram
nos vasos da fantasia.

A poesia restou sem voz
 inútil quanto a morte.
E o teu riso arisco
colhido em pétalas
é flor para outras mãos.

Por que te persignas
em frívolas rezas
 tão longe do amém
dos meus braços?

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